quinta-feira, 29 de agosto de 2013

A Crise da Poesia- O Inicio da Prosa

Onde foi parar a felicidade dos meus versos? 
Onde está aquele contentamento juvenil? 
Cadê aquela ingenuidade de criança? 
E a beleza do mundo? Partiu? 

Agora os meus versos tem cheiro de carniça, 
A superfície do meu mundo é lisa, quando não, tem buracos. 
Alegria é finita, e os justos são errados. 

Para ser sincera, não gosto tanto de versos... 
Prefiro escrever poesia em parágrafos!

A Sombra dos Sentimentos

Um olhar de medo,
Um olhar de assombro,
O garoto costuma deixar para quem olha fundo em seus olhos.
Mas é extremamente carinhoso,
Como pode?
Quando ri, se comove,
Mas quando fala, representa um personagem que não é ele.

Quando desatento, parece experiente nesse negocio de sentir dor, mas não se acostuma,
Quando chora, se tortura e deixa escorrer lágrimas pelo coração. 

O menino de dia é humano, de noite é sombra, 
Não dorme, passa a noite chamando o nome de desconhecidos, e alertando-os sobre a morte.

Teme tudo, todo momento,
Teme a água, teme o vento,
Seu coquetel de sentimentos corta mais do que a faca mais afiada, 
Arde mais do que a ferida mais sangrada,
E apesar de tudo, vive mais que a vida mais vivida.