terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Diante de um Vidro Turvo

Eu vejo tudo distorcido,
Como se através de um vidro opaco e descolorido.
E vejo os pássaros voando em um céu preto e branco.
Já perdi a conta de quantos quadros tive que deixar de lado,
É que peguei uma doença e agora vejo tudo adulterado.
Tudo é estranho, e o mundo é quadrado.
Talvez as coisas estejam diferentes, mas talvez eu esteja errado.
As vezes quando durmo já havia amanhecido,
É que não aguento a tentação de ver meus pensamentos na janela refletidos.
Minha visão defeituosa chega em uma forma assombrosa,
Mas eu não sinto medo,
Meu coração é congelado pelo sopro da cegueira que sutilmente cochicha em minha orelha, mas não insisto em escutar.
Pode ter certeza, que deste lado do meu vidro embaçado nada vai estar em seu devido lugar.